4/17/2011

Cartas I

Querido E.,

Está na hora de te fazer as malas definitivamente, o meu duro coração partiu-se em demasiadas peças e precisa de tempo, tempo sem pensar em ti e em tudo o que foste para se recompor. Não vou ignorar o que se passou, fingir que não existiu, não vou dizer que saber que vives para outra pessoa não me mata cada vez mais... O tempo está a correr e eu e o tempo nunca nos daremos bem, estaremos em constante batalha um com o outro. Ele limitando-se a ignorar, a pôr de lado o que é incapaz de resolver e em tempos depois faz tudo vir ao de cima abrindo as feridas, lembrando-me que eu não as curei por isso, eu irei encarregar-me de te fechar a porta e fecha-la a sete chaves, atirar as chaves para lá do que o tempo alguma vez poderá alcança-las e do que eu poderei ir busca-las porque eu juro-te meu querido, estou cansada... Preciso esquecer, apagar, curar e mais ainda preciso daquilo que outrora soubeste me dar: tranquilidade.

E, do fundo do coração, espero que estejas feliz!

sp c carinho, b.

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