4/20/2011

Cartas II


Querida D.,


No meio da confusão de hoje e do nosso dia-a-dia só gostavas que entendesses que guardo-te como quem guarda um tesouro... Quando cresceres e olhares para o passado talvez vejas que eras, és a minha protegida e que a minha única intenção é e será sempre: preparar-te para o mundo lá fora. Quero que fiques dura, não quero que percas a tua ternura que é uma característica tão rara nos dias de hoje, não isso nunca mas quero tornar-te corajosa para que nunca deixes que passem por cima de ti sem pensar duas vezes, não quero deixar-te passar pelas mesmas merdas que eu passei, que sofras pelos motivos que eu sofri e que erres da maneira inconsequente que eu por vezes errei... Mas ao mesmo tempo queria realmente, que no meio desse teu bom coraçãozinho tivesses a certeza que fosse o caminho que seguisses, a direcção que escolhesses eu iria atrás de ti, mesmo sendo o caminho e a direcção errada só para no final te encaminhar para o certo, levando-te pela mão, encarregando-me de reconstruir o teu coração cada vez que o partissem, curando as feridas que outros insistiram em escavatar, tudo com apenas uma finalidade: a tua felicidade, o teu bem-estar... Só gostava que me tomasses por alguém melhor do que a pessoa que me pintas ser.






hj e sp, c carinho da tua irmã, b.

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